- Ações -

Início/Ações
  • A. Ações Preparatórias
  • C. Ações de Conservação
  • D. Ações de Monitorização de impacto do projecto
  • E. Ações de Sensibilização pública e divulgação do projecto
  • F. Ações de Gestão e monitorização do progresso projecto

A. Ações Preparatórias

As ações preparatórias – são aquelas que envolvem um trabalho preparatório e das quais dependem as ações subsequentes de implementação dos trabalhos de conservação.
A.1 Preparação Técnica de Trabalhos Concretos de Conservação
A.2 (Re)envolvimento de Stakeholders relevantes

C. Ações de Conservação

Ações de Conservação- são aquelas que envolvem os trabalhos de conservação concreta no campo
C.1 Melhoria da qualidade de habitat para Tarphius floresensis, Pseudanchomenus aptinoides e Trechus terrabravensis

Esta ação terá como foco o melhoramento do habitat existente para as três espécies alvo. A ação tem como alvo um conjunto de parcelas que estão afetadas, com níveis diferentes de intensidade, pela dispersão de espécies de flora invasora (IAS) e pela diminuição do coberto do solo por briófitos e fetos.
As ações de conservação a decorrer serão de dois tipos:
– Nas áreas mais pristinas, onde as IAS ainda se encontram numa fase inicial de invasão, os trabalhos de controlo/erradicação serão feitos manualmente (arranque de IAS, roçamento, etc), com equipas de operacionais especificamente treinados para o efeito.
– Nas áreas onde populações maiores/mais densas de IAS se estabeleceram, serão necessários trabalhos mais intensivos de boas-práticas para promover o controlo inicial (corte e injeção de herbicidas controlado, etc). Serão contratados serviços especializados pontuais, para remoção de IAS em locais mais críticos, por forma a complementar o trabalho diário das equipas operacionais permanentes.
Estas ações terão lugar nas três ilhas: Flores, Pico e Terceira.

C.2 Trabalhos piloto para o aumento da conetividade de habitat para o Trechus terrabravensis, num contexto de alterações climáticas

Esta ação consiste no uso de trabalhos piloto para aumentar a conectividade entre dois habitats conhecidos do Trechus terrabravensis na ilha Terceira, e considerando a prevista dinâmica da população num contexto de alterações climáticas.
Esta ação propõe renaturalizar duas parcelas de floresta de eucaliptos. Tal processo envolverá o corte/remoção dos eucaliptos existentes, e apesar da maioria da madeira ser removida, uma pequena parte será deixada no local para suporte de trabalhos posteriores.
Estes trabalhos incluem a execução manual de pilhas de madeira, estruturas de retenção de água e controlo de erosão do solo feitos em madeira e outras soluções baseadas na Natureza que poderão promover melhores condições no local para a conservação e restauro do habitat.
Para além disto, serão efetuadas plantações de árvores e arbustos nativos (ex. Juniperus brevifolia, Erica azorica, Laurus azorica, etc.) por forma a assegurar, a longo termo, um habitat adequado à espécies alvo.

C.3 Trabalhos piloto/demonstração para o aumento de habitat de Pseudanchomenus aptinoides e respetivos serviços de ecossistemas

Esta ação implica a renaturalização de zonas de pastagem por forma a aumentar o habitat do Pseudanchomenus aptinoides na Ilha do Pico.
Serão renaturalizadas quatro parcelas de pastagem, adjacentes ao atual habitat desta espécie, por forma a permitir que haja um aumento do seu habitat. Estas parcelas estão localizadas numa zona de captação de água municipal. Isto permite um re-estabelecimento mais fácil de floresta arbustiva nativa ao mesmo tempo que alavanca um coberto de solo mais diverso (incluindo vários arbustos nativos e subsequente colonização por fetos e briófitos). Os trabalhos irão reduzir o escoamento, melhorando a retenção e infiltração de água e providenciando, a longo termo, um melhor abastecimento de água ao município.
Em concreto, os trabalhos incluem a execução manual, de pequenas estruturas baseadas na natureza, para retenção do escoamento (ao longo das linhas de água), bem como paliçadas, que facilitam a captação e condensação da água proveniente do ar. Também terá lugar a plantação de árvores e arbustos nativos e a promoção da dispersão de esporos de fetos nativos para assegurar a adequação do habitat a longo termo.

C.4 Trabalhos piloto/demonstração para criação de infraestruturas verdes favoráveis ao Tarphius floresensis em áreas peri-urbanas

Esta ação visa fazer um ensaio piloto para determinar se o aumento e o melhoramento da qualidade de habitat, pode desempenhar um papel fundamental na conservação de fragmentos de habitat de Tarphius floresensis em áreas peri-urbanas na ilha das Flores.

Ao focar-se em áreas ripícolas degradadas – uma rede de corredores ecológicos, ao longo de linhas de água, embutida numa matriz desfavorável de áreas urbanas/agrícolas – esta ação procura melhorar a sua qualidade, providenciando um contínuo de habitat melhorado para o Tarphius floresensis num tipo de infraestrutura verde.

Para tal, os trabalhos irão focar-se na supressão das ameaças identificadas nestas áreas, como por exemplo a presença de invasoras (principalmente Hedychium gardnerianum e Pittosporum undulatum) e a erosão das margens devido ao aumento de tempestades e falta de coberto vegetal.

Serão realizados trabalhos de controlo de invasoras, e para mitigar a erosão dos leitos das ribeiras e margens, evitando derrocadas, serão testadas soluções que poderão usar fibras naturais geotêxtis. Serão ainda colocadas estruturas naturais de retenção de água (ao longo das linhas de água), bem como barreiras de solo e terraços suportados, que poderão criar condições mais adequadas para a plantação e posterior crescimento de flora nativa.

C.5 Administração do terreno (Land Stewardship) e programa de voluntariado

Esta ação tem como objetivo o envolvimento dos stakeholders locais para a realização de tarefas específicas de conservação, enquanto auxiliam no cumprimento dos objetivos de conservação. Tem como alvo as ONGs ambientais (e os seus membros/participantes) e a população residente (famílias).

Os trabalhos concretos de voluntariado com o público alvo terão início depois da conclusão das ações de conservação concretas iniciais realizadas nas ações C anteriores. As parcelas a intervir serão de acesso fácil e os trabalhos irão incluir: arranque manual de invasoras; recolher e empilhar madeira para promover a sua degradação natural; plantar e semear árvores e arbustos nativos; colher sementes; regar árvores e arbustos previamente plantados; espalhar esporos de fetos nativos e contruir ou restaurar estruturas baseadas na natureza.

D. Ações de Monitorização de impacto do projecto

D.1 Monitorização dos resultados do projeto e o seu impacto na conservação e Indicadores Chave de Desempenho

Como parte do programa LIFE há tarefas mandatórias que têm por objetivo a monitorização, avaliação e reporte dos resultados e impactos dos trabalhos do projeto, relativos aos problemas de conservação abordados e dos Indicadores Chave de Performance LIFE (KPI).
As tarefas incluem trabalho de campo nas parcelas intervencionadas nas ações C e trabalho de computador para compilação e tratamento de dados e entrega de indicadores.
Para monitorizar o impacto nos problemas de conservação, serão realizados trabalhos de campo com recurso a protocolos padronizados que permitem a avaliação das alterações ao Indíce Biótico de Integridade.
Esta monitorização irá permitir determinar os impactos diretos na disponibilidade de área de habitat das espécies alvo e número de indivíduos. Também permitirá avaliar os impactos no controlo/irradicação de plantas invasoras em termos de área e número de populações.
Para monitorizar os Indicadores Chave de Performance LIFE durante o projeto serão avaliados os seguintes pontos: Melhoramento Ambiental e Performance Climática; Melhor Uso de Recursos Naturais; Uso Sustentável da terra, agricultura e atividade florestal; Melhoramento da Natureza, Espécies e Biodiversidade; Performance Económica, Captação de Mercado, Replicação e Comunicação, Disseminação e Aumento de Consciência Ambiental.

E. Ações de Sensibilização pública e divulgação do projecto

Esta ação tem o propósito de comunicação com o público em geral, stakeholders e os media. Tem também o propósito de troca de experiência técnica com outros projetos, bem como ações de sensibilização e educação ambiental.
E.1 Plano de Comunicação – Sensibilização e Comunicação Pública

Esta ação tem como objetivo a comunicação com o público em geral, stakeholders e media, de forma a facilitar a implementação do projeto e fornecer informações atualizadas sobre o seu desenvolvimento.

Inclui tarefas obrigatórias e não obrigatórias. Essas tarefas incluem ferramentas de comunicação como: website; quadros de aviso; relatórios; página do Facebook; contato regular com as redes de comunicação; visitas anuais dedicadas, direcionadas aos residentes e ao público em geral com foco em locais/soluções específicas, abrangendo trabalhos relevantes do projeto; uso de dois materiais de comunicação adicionais de consciencialização, a serem usados junto das comunidades locais (um jogo de tabuleiro e uma exposição ao ar livre com macro-fotografias das espécies-alvo).

E.2. Networking, Disseminação Técnica e Transferência/Replicação

Esta ação tem como objetivo promover a troca técnica de conhecimento com outras equipas, incluindo outros projetos LIFE. Isso incluirá a observação de resultados de outros projetos e lições previamente adquiridas, networking ativo ao longo do projeto e, mais perto de seu fim, transferência do conhecimento e experiência adquiridos para outras fontes, que possam fazer uso adicional dos mesmos.

E.3. Programa/Atividades Complementares de Educação Ambiental e Sensibilização

Esta ação tem o objetivo de conscientizar os objetivos do projeto, as espécies-alvo e as necessidades da sua conservação entre os alunos das escolas locais das ilhas dos Açores (Flores, Pico e Terceira). Tem principalmente um foco pós-projeto, visando a replicação de trabalhos idênticos para outras ilhas açorianas onde existem outras espécies ameaçadas.

Para isso, a entidade parceira AZORINA S.A., utilizará seu sistema de educação ambiental já em vigor (Parque Escola), criando novos conteúdos e atividades relacionadas ao projeto. Serão utilizados os 3 elementos chave do seu programa educacional: “O Parque vai à escola”, incluindo atividades ministradas nas escolas; “A Escola vai ao Centro de Interpretação”, incluindo atividades ministradas no Centro de Interpretação de cada Parque da Ilha; e “A Escola vai ao Parque”, que inclui passeios ao ar livre e atividades dentro dos Parques.

F. Ações de Gestão e monitorização do progresso projecto

Esta ação tem como objetivo assegurar os deveres de reporte e gestão do projeto. Abrange trabalho interno, reporte/comunicação com o EASME e a Equipa de Monitorização LIFE, ao longo do projeto.
F.1 Planeamento e Gestão Geral do Projeto

Esta ação garantirá a gestão administrativa, técnica e financeira; monitorização e relatórios de execução do projeto; identificação imediata e correção de eventuais desvios ou problemas, incluindo articulação com a EASME e a equipa de monitorização do LIFE para resolução dos mesmos, sem comprometer os objetivos e metas esperadas; identificação e implementação de atividades pós-LIFE que melhorem a sustentabilidade do projeto e o seu caráter demonstrativo, de forma a permitir a sua replicação e transferência.

F.2 Governança e Conselhos Consultivos

Para melhor implementação dos trabalhos do projeto, dando continuidade às boas práticas de governança que possam ajudar a mitigar eventuais problemas, bem como a consulta de conselhos de stakeholders recorrendo às reuniões dos conselhos consultivos dos Parques.

landscaper-footer-logo