Iniciaram-se este mês os primeiros ensaios de soluções baseadas na natureza, por parte da equipa operacional da lha das Flores, tal como previsto na ação C.4 “Trabalhos piloto/demonstração para criação de infraestruturas verdes favoráveis em áreas peri-urbanas”. Esta ação visa avaliar se o aumento e o melhoramento da qualidade de habitat podem desempenhar um papel fundamental na conservação de fragmentos de habitat de Tarphius floresensis em áreas peri-urbanas na Ilha das Flores, através do estabelecimento de corredores ecológicos.
Nesta primeira fase, os trabalhos centram-se na criação de estruturas de madeira, reutilizada de cortes prévios de combate a invasoras (nomeadamente de Cryptomeria japonica e de Pittosporum undulatum). Pretende-se que a disposição de tais estruturas venha a reduzir a erosão das margens da ribeira, evitando deslizamentos. Em fase inicial, está também o empilhamento de madeira e sobrantes vegetais que acelere a decomposição do material lenhoso, atraindo insetos, e servindo de futuro abrigo para espécies endémicas, nomeadamente o escaravelho Tarphius floresensis, espécie alvo do projeto.